Foi um gladiador de origem trácia, líder da mais célebre revolta de escravos na Roma Antiga, conhecida como "Terceira Guerra Servil", "Guerra dos Escravos" ou "Guerra dos Gladiadores". Espártaco liderou, durante a revolta, um exército rebelde que contou com quase 100 mil ex-escravos.
Nascido na Trácia, no nordeste da Grécia, provavelmente em 113 a.C., foi pastor e soldado romano. Após desertar, tornou-se chefe de uma quadrilha. Em 73 a.C., foi preso e vendido em Cápua, no sul da península Itálica, a uma escola de gladiadores do lanista (negociante e treinador de gladiadores) Lêntulo Baciato, ex-legionário e ex-gladiador. Segundo o historiador grego Plutarco, Espártaco revoltou-se contra a humilhação e injustiças cometidas por Lêntulo e fugiu com outros cativos.
A cada vitória, o contingente rebelde recebia a adesão de agricultores pobres, desempregados e outros escravos. O avanço de um outro pretor, Públio Varino, foi detido pelas táticas de guerrilha dos gladiadores. No final de 73 a.C., o exército de Espártaco já contava com cerca de 100 mil homens.
Plutarco (historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo médio platônico grego, conhecido principalmente por suas obras Vidas Paralelas e Moralia) conta que Espártaco tentou matar Crasso (Marco Licínio Crasso, um patrício, general e político romano do fim da Antiga república romana, mais conhecido como Crasso o Triúnviro), mas não conseguiu chegar até o general. O exército dos rebeldes foi derrotado e os seis mil combatentes que sobreviveram foram crucificados ao longo dos 200 quilômetros da Via Ápia, de Cápua, perto de Nápoles, a Roma, de modo a atemorizar outros escravos e impedi-los de qualquer movimento rebelde.
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