GP Brasil de 1991: A vitória mais emocionante de Senna
Logo no início da década, depois de muitas tentativas e frustrações, Senna finalmente conseguiu a tão sonhada vitória no Brasil, um triunfo que até hoje é considerado por muitos fãs como o mais heroico de sua carreira. A corrida, no traçado mais curto, tinha 71 voltas. A partir da metade da prova, conforme o piloto contou em entrevistas, a quarta marcha do seu carro começou a falhar.Faltando 20 voltas do fim, a pane foi total e ele não engatou mais, de modo que, para subir da terceira para a quinta, era preciso fazer muito esforço físico. A oito voltas da bandeira quadriculada, a quinta e a terceira marchas também falharam e somente a sexta passou a funcionar. E assim, segundo Ayrton, o carro foi levado até o final, chegando apenas 2s à frente de Patrese, que se aproximava rapidamente, se aproveitando da lentidão do brasileiro nas voltas finais.
Após cruzar a linha final, Senna permaneceu no carro, sem forças para sair. Depois, auxiliado, entrou em um carro da organização e foi para os boxes. No pódio ficou evidente seu esforço para obter a vitória. Ele mal conseguiu levantar a taça, precisando de ajuda para fazê-lo.
A chegada do GP do Brasil de 1991 entrou para a história como uma das mais emocionantes. Um microfone colocado dentro do capacete de Senna transmitiu toda a alegria do brasileiro ao vivo pela TV. Em êxtase, ele gritava sem se importar com os palavrões sendo transmitidos para todo o Brasil. As arquibancadas de todo o autódromo estavam em festa.
Os comissários de pista comemoravam pulando e se abraçando perto do carro de Senna, que, exausto, parou na reta oposta, onde foi atendido por médicos e proporcionou uma imagem impressionante. Sem o capacete, o que se via era um piloto esgotado dentro do carro. Ele afirmou, em entrevista posterior, que o esforço físico com o câmbio quebrado o fez sentir uma das piores dores de sua vida.
A primeira vitória brasileira de Ayrton Senna materializou-se de uma união de fé, dor, realização e competência. O piloto completou as 71 voltas da prova em 1h38min28s128, recebendo a bandeirada com 2s991 de vantagem sobre o italiano Riccardo Patrese, da Williams, o segundo lugar.
O fato da corrida ter possuído um final dramático, com a perda de quase todas as marchas de sua McLaren e o consequente desgaste físico acima do normal, fazendo com que ele não conseguisse sair do carro sozinho, fez dessa corrida uma das mais lembradas da carreira do piloto brasileiro.
Fonte: https://www.facebook.com/Fatos-Hist%C3%B3ricos-306463639471388/?fref=ts
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