sábado, 26 de janeiro de 2013

oficial britânico



-Ouvi falar de um oficial britânico que foi até o campo de batalha logo após a ação concluída. Rapazes americanos estavam mortos em suas trincheiras, seus rifles ainda empunhados em posição de tiro em suas mãos mortas. E o soldado veterano Inglês observou uma vez e novamente, em uma espécie de elogio abafado falado apenas para si mesmo, "Bravos homens,Bravos homens! "

- Ernie Pyle, o soldado americano na África do Norte

Ernest Taylor "Ernie" Pyle foi um jornalista norte-americano e correspondente de guerra. Tornou-se conhecido nos Estados Unidos nos anos 30 por seus artigos publicados em mais de duzentos jornais sobre as pessoas e os lugares que visitava pelo país e uma celebridade mundial por seu trabalho como correspondente na frente de batalha da Segunda Guerra Mundial.
Após seu sucesso como colunista de costumes, descrevendo os lugares e pessoas incomuns que conhecia percorrendo de carro os Estados Unidos durante os anos 30, num estilo que para muitos fazia dele um moderno Mark Twain, Pyle tornou-se correspondente de guerra com o início da II Guerra. Seus relatos da frente de batalha, sempre feitos da perspectiva do soldado raso no front e não do ponto de vista do comando, de movimentos de tropas ou entrevistas de generais, tornaram-se grande sucesso em todo o mundo por seu humanismo e lhe renderam o Prêmio Pulitzer de jornalismo de 1944.
Tornou-se adorado pelo soldados do exército norte-americano que acompanhava nos combates, ao urgir os congressistas de seu país, através de suas colunas direto da frente de batalha, a instituir um abono financeiro aos soldados que lutavam nas frentes de combate, nos mesmos moldes do abono concedido aos aviadores que participavam das missões aéreas aliadas. Seus escritos fizeram com que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse um abono de 50% no soldo de soldados envolvidos em combates na linha de frente, durante o período em que nela estivessem. Esta medida foi aprovada em sessão do Congresso como Lei Ernye Pyle.
Pyle enviou reportagens sobre a guerra do Norte da África, da Europa e do Pacífico, onde encontraria seu fim. Em 18 de abril de 1945, quando acompanhava um grupo de soldados numa estrada da ilhota de Iejima, em Okinawa, foi morto por tiros disparados de um ninho de metralhadora japonês. Foi enterrado no local, ao lado da estrada, com seu capacete e uniforme, junto a outros dois soldados. Mais tarde, seu corpo foi transportando para o local definitivo, num cemitério em Honolulu.
Seu legado jornalístico encontra-se preservado na Universidade de Indiana, estado onde nasceu - numa fazenda no campo - e começou seu aprendizado como jornalista num jornal estudantil. A escola de jornalismo da universidade é batizada com seu nome.

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