såbado, 9 de março de 2013

Maria da Penha Maia Fernandes


Maria da Penha Maia Fernandes, biofarmacĂȘutica cearense, hoje com 61 anos, fez da sua tragĂ©dia pessoal uma bandeira de luta pelos direitos da mulher e batalhou durante 20 anos para que fosse feita justiça. O seu agressor, o professor universitĂĄrio de economia Marco Antonio Herredia Viveros, era tambĂ©m o seu marido e pai de suas trĂȘs filhas. Na Ă©poca ela tinha 38 anos e suas filhas idades entre 6 e 2 anos. Na primeira tentativa de assassinato, em 1983, seu marido atirou em suas costas enquanto ainda dormia, alegando que tinha sido um assalto. Depois do disparo, foi encontrado na cozinha, gritando por socorro, dizendo que os ladrĂ”es haviam escapado pela janela. Maria da Penha foi hospitalizada e ficou internada durante quatro meses. Na segunda tentativa de homicĂ­dio o marido a empurrou da cadeira de rodas e tentou eletrocutĂĄ-la embaixo do chuveiro. Ele foi a jĂșri duas vezes, a primeira, em 1991, quando os advogados do rĂ©u anularam o julgamento. JĂĄ na segunda, em 1996, o rĂ©u foi condenado a dez anos e seis meses, mas recorreu. Em parceria com o CEJIL e o CLADEM, ComitĂȘ Latino Americano e do Caribe para a defesa dos direitos da mulher, denunciou o Brasil na ComissĂŁo Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos pela negligĂȘncia do Estado Brasileiro tratar os casos de violĂȘncia domĂ©stica no Brasil. ApĂłs as tentativas de homicĂ­dio, Maria da Penha começou a atuar em movimentos sociais contra violĂȘncia e impunidade e hoje Ă© coordenadora de Estudos, Pesquisas e PublicaçÔes da Associação de Parentes e Amigos de VĂ­timas de ViolĂȘncia no CearĂĄ.

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