segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Stephen Hawking experimentando a gravidade zero, em 2007


O astrofísico britânico, que passou a vida refletindo sobre a gravidade no Universo, ficou por alguns minutos livre de sua cadeira de rodas e experimentou a falta de gravidade,.
"Foi assombroso... Podia ter continuado sem parar", relatou Hawking, de 65 anos, após aterrissar de uma viagem de duas horas em um Boeing 727-200 modificado e de paredes acolchoadas que, voando em parábolas como uma montanha-russa, produz períodos de ausência de gravidade.

A nave decolou esta tarde do Cabo Cañaveral, sob o comando de pilotos especialmente treinados, que subiram em um ângulo de 45 graus até os 10.000 metros de altitude, antes de descer, abruptamente, a 2.500 metros, dando aos passageiros 30 segundos de falta de gravidade.
O aviĂŁo repetiu a manobra oito vezes, dando a Hawking um total de quatro minutos de ausĂŞncia de gravidade.
Hawking, titular da Cátedra Lucasiana de Matemática da Universidade de Cambridge - cargo que foi ocupado por sir Isaac Newton - sofre de uma doença degenerativa, a esclerose lateral amiotrófica, diagnosticada quando ele tinha 22 anos.Hawking depende de um computador e de um sintetizador para falar. A doença o mantém preso a uma cadeira de rodas, mas não impediu que o cientista desenvolvesse trabalhos sobre cosmologia teórica, gravidade quântica, a natureza do espaço e do tempo, a teoria do "Big Bang" e os buracos negros.
Quatro médicos e duas enfermeiras acompanharam o cientista a bordo do avião "G-Force One", conhecido popularmente como "vomit comet" (cometa do vômito), devido aos efeitos desagradáveis que os passageiros que se submetem à experiência podem sentir.

A Corporação Gravidade Zero (Zero-G), operadora do avião, normalmente cobra 3.500 dólares por passageiro por um vôo de 90 minutos, mas o catedrático da Universidade de Cambridge viajou de graça, enquanto os outros oito lugares na aeronave foram leiloados, e o dinheiro, destinado a obras de caridade.
Os vôos comerciais da Zero-G são similares aos que a agência espacial americana (Nasa) realizou nos últimos 40 anos para treinar astronautas. A Zero-G diz que a experiência dentro do avião é similar à de um salto em queda livre antes de se abrir o pára-quedas.

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