O juiz Odilon de Oliveira, de 56 anos, atualmente dorme em um colchonete no chão no fórum da cidade, sob a vigilância de sete agentes federais fortemente armados. Oliveira é juiz federal em Ponta Porã, cidade de Mato Grosso do Sul na fronteira com o Paraguai e está jurado de morte pelo crime organizado. Sai do seu local de trabalho somente quando estritamente necessário, e sob forte escolta. Em apenas um ano, o juiz condenou 114 traficantes e ainda confiscou seus bens. Como aqueles que colocou atrás das grades, ele perdeu a liberdade:”’A única diferença é que tenho a chave da minha prisão.”
O juiz não se intimida com as ameaças e não se rende a apelos da família, que quer vê-lo longe desse barril de pólvora. Ele é titular de uma vara em Campo Grande e poderia ser transferido, mas acha “dever de ofício” enfrentar o narcotráfico. “Quem traz mais danos à sociedade é o mega traficante. Não posso ignorar isso e prender só mulas (pequenos traficantes) em troca de dormir tranqüilo e andar sem segurança.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário